Socioeducandos da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) realizaram visita ao Museu Histórico e Artístico do Maranhão, ao Museu do Reggae e à Cafua das Mercês. A iniciativa visa ampliar o conhecimento, despertar a criatividade, a esperança e revelar o poder transformador da arte e da cultura na formação de cidadãos conscientes e engajados. A atividade é uma ação instersetorial com a Secretaria de Estado da Cultura do Maranhão.
Sorimar Sabóia, presidente da Funac, ressaltou a importância desses momentos, e afirmou que a cultura tem um papel essencial na reintegração social e construção de novas oportunidades. "Essas visitas são fundamentais para o desenvolvimento dos adolescentes. Elas fazem parte de um dos eixos do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), que busca não apenas a recuperação, mas também a formação integral desses jovens", pontuou.
Um dos socioeducandos do Centro Socioeducativo de Internação de São José de Ribamar falou da experiência de ir visitar pela primeira vez o museu e o impacto profundo que a arte pode ter na vida de jovens que buscam novas perspectivas e oportunidades. "Nunca pensei que um lugar pudesse me fazer sentir tantas coisas ao mesmo tempo. Conhecer as histórias me fez querer ser alguém melhor”, disse.
O Museu Artístico Maranhense apresenta uma coleção que reflete a história e a cultura do Maranhão, composto de salões e corredores decorados com móveis e utensílios que refazem um ambiente dos casarões de famílias do século XIX. O ambiente é formado por salas, quartos, varandas, escritórios, cozinha, banheiros, decorados com peças em porcelana, cristais, vidros, livros, objetos pessoais, espelhos, cortinados e móveis em madeira de lei.
Dessa forma, o circuito da visita realizada pela Funac reconstituiu alguns ambientes de uma casa de época, na transição dos séculos XIX e XX. As peças foram mostradas de forma didática para os socioeducandos.
Ao visitar o Museu do Reggae, os socioeducandos tiveram uma nova perspectiva sobre a música e a sua capacidade de unir pessoas. O reggae, que tem origens na luta e na resistência, mostrou aos jovens o poder da expressão musical como forma de protesto e transformação social.
Ao ouvir as histórias de artistas como Bob Marley e como suas canções falavam sobre liberdade e justiça, os socioeducandos aprenderam que a música se tornou um meio de esperança e de construção de um futuro melhor.
Por sua vez, na Cafua das Mercês, espaço de memória e resistência, os adolescentes tiveram contato com um local de reflexão sobre a história da escravidão e suas consequências. “Eles puderam entender a importância de lembrar do passado para construir um futuro mais justo”, destacou Sorimar Sabóia.
Segundo a presidente da Funac, por meio de ações como esta, com visitas guiadas e relatos emocionantes, ficou claro que conhecer a história ajuda a evitar a repetição dos erros. “Essa conscientização é fundamental para que os socioeducandos se tornem cidadãos críticos e responsáveis, capazes de lutar por um mundo mais igualitário”, finalizou.
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